Um Professor Genial
Um dos grandes pilares do blogue da Colheita 63 é fomentar o diálogo e a troca de vivências e conhecimentos ancestrais e modernos. Na semana passada, relembraram-se tempos de outrora, nomeadamente dos tempos escolares e académicos. Na crónica transacta relatei comovidamente um episódio depreciativo e vexatório para mim. Na de hoje, falarei de um professor que me marcou positivamente. Chama-se Virgílio Brito e foi meu professor de Matemática no 9º e 11º ano.
É uma figura singular. Tem uma estrutura mais ou menos semelhante com a do meu Tio e, dada a dimensão e complexidade da disciplina, era um docente implacavelmente inteligente. É um professor pragmático e objectivo, cujos testes eram consequentemente de grande raciocínio. Os “marrões” não tinham hipóteses. Imaginem o modelo de aluno que mais admira: uma pessoa que raramente é cumpridora ou pontual, que o percebe, que sabe raciocinar, que não decora, que sabe estudar Matemática e que nos testes tira notas brilhantes.
Por outro lado, era um docente suis generis na relação com os alunos. De facto, há professores que criticam os alunos mas de uma forma muito básica. Contudo, o prof. Virgílio, até nas situações mais insólitas era inteligente a “gozar” connosco. Contemplemos a seguinte situação: lançou um exercício oralmente e ninguém percebeu; virou-se para nós e disse de forma altiva, “…ora, vejam como faria o meu cão este exercício! Ele é extremamente inteligente, só tem um problema, é que não escreve, mas de resto sabe imenso de Matemática”.
Se, por um lado, é um professor que para um ano lectivo, a nível de notas, é tramado, por outro lado, na preparação para momentos decisivos da nossa vida estudantil, como para um exame nacional ou para uma prova de aferição ou para uma prova global, como me aconteceu, é cabalmente o melhor.
Na relação comigo, só posso dizer duas coisas: 1) não fui um aluno que ele me apreciasse particularmente; contudo, 2) apoiou-me aquando do meu exame nacional do 11º ano, no qual tive 15 valores, e acredito piamente que ficou agradado com a minha prestação.
É um professor que ficará selado para sempre no meu livro de memória escolar.
Um dos grandes pilares do blogue da Colheita 63 é fomentar o diálogo e a troca de vivências e conhecimentos ancestrais e modernos. Na semana passada, relembraram-se tempos de outrora, nomeadamente dos tempos escolares e académicos. Na crónica transacta relatei comovidamente um episódio depreciativo e vexatório para mim. Na de hoje, falarei de um professor que me marcou positivamente. Chama-se Virgílio Brito e foi meu professor de Matemática no 9º e 11º ano.
É uma figura singular. Tem uma estrutura mais ou menos semelhante com a do meu Tio e, dada a dimensão e complexidade da disciplina, era um docente implacavelmente inteligente. É um professor pragmático e objectivo, cujos testes eram consequentemente de grande raciocínio. Os “marrões” não tinham hipóteses. Imaginem o modelo de aluno que mais admira: uma pessoa que raramente é cumpridora ou pontual, que o percebe, que sabe raciocinar, que não decora, que sabe estudar Matemática e que nos testes tira notas brilhantes.
Por outro lado, era um docente suis generis na relação com os alunos. De facto, há professores que criticam os alunos mas de uma forma muito básica. Contudo, o prof. Virgílio, até nas situações mais insólitas era inteligente a “gozar” connosco. Contemplemos a seguinte situação: lançou um exercício oralmente e ninguém percebeu; virou-se para nós e disse de forma altiva, “…ora, vejam como faria o meu cão este exercício! Ele é extremamente inteligente, só tem um problema, é que não escreve, mas de resto sabe imenso de Matemática”.
Se, por um lado, é um professor que para um ano lectivo, a nível de notas, é tramado, por outro lado, na preparação para momentos decisivos da nossa vida estudantil, como para um exame nacional ou para uma prova de aferição ou para uma prova global, como me aconteceu, é cabalmente o melhor.
Na relação comigo, só posso dizer duas coisas: 1) não fui um aluno que ele me apreciasse particularmente; contudo, 2) apoiou-me aquando do meu exame nacional do 11º ano, no qual tive 15 valores, e acredito piamente que ficou agradado com a minha prestação.
É um professor que ficará selado para sempre no meu livro de memória escolar.
By Afonso Leitão
3 comentários:
Esses são os bons professores,que
preparam bem os alunos para os dífíceis desafios,que os esperam
nas universidades.
Trouxe um tema interessante.
O professor a meu ver ,não deveria ter dito que o cão era extremamente
inteligente ,mas sim que tinha um comportamemto inteligente.
Mas está tudo bem.
Muitas felicidades.Teve boas notas?
Pode utilizarWWW alvesvelho@clix.pt
Uma Boa Pascoa para o Afonso Leitão e seus familiares .OLD
Há professores que relembramos vida fora pela sua maneira de ser e ensinar e há até aqueles que influenciaram opções que nos conduziram às nossas carreiras profissionais. Eu sempre preferi os professores "cara de pau" do que os "cara de páscoa" e por isso suponho que este professor de matemática me teria feito gostar da disciplina, área onde nunca passei da mediania. Mas não teria correspondido ao modelo de aluno preferido porque sou por natureza muito cumpridora e pontual.
Uma Páscoa Feliz e muito doce. Bom recomeço de aulas e muita força para a recta final(tenho a certeza que as notas foram excelentes).
Um abraço
Lena Pires
Muito obrigado e desejo também para o Srº Old e para a Drª Lena Pires uma Páscoa Feliz particularmente com muitas amêndoas e doces.
Relativamente às notas foram, modéstia à parte, boas em que cumpri os principais objectivos.
Cumprimentos
Afonso
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