Não li o processo, não conheço a senhora, não tenho por ela nem simpatia nem antipatia, não costumo condenar ninguém com base na acusação, o que sei é do que foi acusada e pelo que foi condenada. Os mesmos que fazem as acusações são os que quando são suscitadas dúvidas apelam à nossa confiança na justiça. É o que faço e a justiça tem dois lados, o da acusação que durante meses usou a comunicação social e o da defesa, o resultado foi uma pena por um pequeno crime.
Se confio na justiça tenho que confiar na decisão do juiz e esta diz que Fátima Felgueiras é inocente na maior parte do rol de crimes que lhe foram imputados. Era mesmo culpada e a acusação foi incapaz de recolher provas suficientes ou foi incompetente? Pouco me importa, face à sentença só tenho que questionar a competência dos acusadores e quanto gastaram aos contribuintes para que a montanha pariu um rato.
Costuma-se dizer que os poderosos escapam sempre à justiça. Ora, Fátima Felgueiras há muito que não era poderosa, foi abandonada pelos seus velhos companheiros, neste caso esta desculpa nem pega.
Começa a ser evidente que tudo poderá ter sido uma peixeirada local que ganhou dimensão nacional.
in O Jumento
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