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terça-feira, novembro 25, 2008

Prós e Contras


Acabei de ver o programa Prós e Contras.
A quente surgiram-me estes comentários.

Assistimos a uma "guerra" quando da implementação das 36 horas semanais.
Assistimos a outra "guerra" com as aulas de substituição.
Estamos agora a assistir a uma terceira "guerra" sobre a avaliação.

Do programa ressaltou o seguinte:

- os professores dizem querer a avaliação, não esta porque é de difícil de aplicação
- os professores não aceitam as quotas
- o Ministério mostrou-se disposto a simplificar a aplicação do modelo de avaliação
- os sindicatos não estão interessados em dialogar sobre esta avaliação
- os professores não eram avaliados por mérito e chegavam todos ao topo da carreira
- não percebi porque é que o Ministério não simplificou a aplicação do modelo logo de início

Algumas intervenções foram exemplos acabados de demagogia barata, nomeadamente o das "tretas", não passou disso, tretas! Outras fizeram criticas sensatas, outras ainda falaram na pressão da maioria!

Fiquei surpreendido pela questão das quotas!
Em todas as profissões há quotas.
Os quadros hospitalares, por exemplo, estão organizados em pirâmide.
Se só há um lugar de Chefe de Serviço, os médicos só podem concorrer a esse lugar quando estiver vago, por reforma do titular e só é provido o primeiro classificado no concurso.
A maioria dos médicos reformam-se sem chegar a Chefe de Serviço.
Nem pode ser doutra maneira. Em nenhum país civilizado do mundo é doutra maneira.

Tem de haver avaliação por mérito, a progressão na carreira tem de ser feita por mérito e nem todos podem chegar ao topo da carreira.
Todas as instituições se organizam assim, sejam hospitais, fábricas, empresas, partidos políticos, Governo, Igreja, Exército, etc...
Se não houvesse quotas, na Igreja todos os Padres chegariam a Bispos, no Exército eram todos Generais, etc.!

Os princípios da avaliação têm de ser os mesmos para todas as escolas, as formas da sua aplicação podem ser adaptadas a cada escola, segundo as suas características e disponibilidades.

Qualquer outra posição é uma tremenda injustiça para os outros trabalhadores, públicos ou privados, e será suportada pelos impostos pagos por todos nós.

E não me venham com a demagogia de que "todos queremos uma escola melhor" porque conheço muitos "industriais de explicações" que não passavam recibo, fugindo ao pagamento de impostos, que "visitavam" a correr a Escola, onde deveriam estar 36 horas como os demais trabalhadores.

Acredito, no entanto, que a maioria deseje uma escola melhor.
Como em todas as áreas da vida humana, há professores muito bons e professores muito maus, professores muito interessados e professores completamente desinteressados.

Por alguma razão somos todos diferentes.

A mudança custa muito e perder mordomias ainda mais!

Felizmente alguma coisa já mudou...

7 comentários:

Anónimo disse...

Não tardas a chegar a ministro!!!
gb

DuarteO disse...

Grande argumento!
Quando fores primeiro-ministro convidas-me!

Anónimo disse...

Subscrevo esta opinião.Ao longo da minha vida profissional sempre fui avaliada. Também havia alguns cargos limitados e sujeitos a condições muito concretas e específicas.
Todavia, entendo que as mudanças são, normalmente, dolorosas porque mexem com práticas estabelecidas ao longo de anos, por isso penso que deveria imperar o bom senso e o diálogo construtivo que não me parece ser apanágio da Milú e do senhor do bigode! Estão bem um para o outro nesta contenda!

LP

Teresa disse...

Fosse qual fosse o(a) ministro(a), o homem do bigode viria para a rua fazer estardalhaço. Até agora, não houve ministro ou medidas que os sindicatos não contestassem.
No tempo em que estive no ME, os sindicatos gabavam-se, e em alguns casos com razão, de serem eles a demitir os ministros...

Anónimo disse...

Preservandoo teu direito ao erro, quero só lembrar-te que a orgânica de um hospital não tem nada a comparar com a de uma escola. Felizmente !

Anónimo disse...

Concordo com a Teresa..Não gosto mesmo nada do senhor do bigode e irrita-me pensar que desta vez tenho que estar do "lado" dele.

MC,tens toda a razão,nenhum serviço é comparável a uma escola.
gb

DuarteO disse...

E o que tem a ver o cu com as calças?

Claro que o erro está do lado de quem discorda da "balda" que era a escola!
O erro está do lado de quem acha que deve haver avaliação e progressão por mérito!

OK!
Não me importo de errar, é por uma boa causa!
Agora o meu dia de folga até é a semana toda!

Xau, um beijo e um abraço!

PS - vejam com os dois olhos, não só com um!