As "tias" que andam pelo social e saltam de festa em festa emprestando a sua presença para que o dono da casa pareça estar "in" cobram por isso e, no "meio", chama-se a esse tipo de actividade uma "aparição".
Aparecer ali ou acolá custa dinheiro. A vida tem destas desigualdades e injustiças. Há quem se esfarrape toda a vida, cumpra com os seus deveres religiosamente e não consiga passar da cepa torta. Mas uma "tia" bem "apessoada" consegue sempre safar-se se quiser alinhar neste esquema das "aparições". Há umas quantas que, não tendo onde cair mortas, emprestam o seu corpinho a esta ou aquela loja para fazerem de cabide, isto é, para usarem e mostrarem a roupa que não podem pagar mas que outras, possivelmente menos "tias", pagarão depois de verem a roupinha numa qualquer aparição.
É assim o mundo de hoje. E dá alguma raiva, nos tempos difíceis que correm, que esta gente se vá safando. Em boa verdade nada fazem de mal, a não ser fingir ter mais do que têm, encenar um ambiente que é irreal e sacar umas coroas cuja única ilegalidade é fugirem ao Fisco, certamente porque "aparição" não consta de nenhuma profissão oficialmente catalogada….
Metem-me nojo cinhas e compª
Já tínhamos percebido.
In JN de hoje ( excertos )
Aparecer ali ou acolá custa dinheiro. A vida tem destas desigualdades e injustiças. Há quem se esfarrape toda a vida, cumpra com os seus deveres religiosamente e não consiga passar da cepa torta. Mas uma "tia" bem "apessoada" consegue sempre safar-se se quiser alinhar neste esquema das "aparições". Há umas quantas que, não tendo onde cair mortas, emprestam o seu corpinho a esta ou aquela loja para fazerem de cabide, isto é, para usarem e mostrarem a roupa que não podem pagar mas que outras, possivelmente menos "tias", pagarão depois de verem a roupinha numa qualquer aparição.
É assim o mundo de hoje. E dá alguma raiva, nos tempos difíceis que correm, que esta gente se vá safando. Em boa verdade nada fazem de mal, a não ser fingir ter mais do que têm, encenar um ambiente que é irreal e sacar umas coroas cuja única ilegalidade é fugirem ao Fisco, certamente porque "aparição" não consta de nenhuma profissão oficialmente catalogada….
Metem-me nojo cinhas e compª
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Os professores voltaram à rua. Quem ontem lesse o JN saberia pela voz do dirigente da FENPROF Mário Nogueira que "os professores não conseguem deixar as preocupações à entrada da sala de aula". Saberia também que, por ora, os programas que os alunos têm de cumprir não estão em atraso mas, surpresa da surpresas, ficaria a saber que "o ano pode estar em causa se a avaliação não for suspensa". Não creio que haja hoje um único trabalhador que consiga abstrair-se da crise que vivemos. Muitos, desgraçadamente, perderam já o emprego e não têm porta onde possam deixar as preocupações. Mas os professores, cujo emprego está garantido, ameaçam os alunos. O ano pode estar em causa.Já tínhamos percebido.
In JN de hoje ( excertos )
3 comentários:
Também há "tios" nas "aparições" e, de facto, as aparições nunca pagaram imposto! :-))
Quanto aos professores não deixarem as preocupações à porta da sala de aula, custa-me a crer!
Um verdadeiro professor quando entra na escola deixa para trás tudo o que o preocupa.
Sei do que falo!
Abraço
Juntando "literalmente" os dois temas do presente post, sugiro a leitura do romance de Virgílio Ferreira "Aparição" , um professor em Évora. Quando não havia sindicatos de professores,como hoje - para aflição de algumas pessoas !
As "Tias" e os "Tios" são elementos folclóricos nesta sociedade mediocre. Quanto aos professores, aproveitem a sugestão de MC.
LP
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