"Ainda se enfiam agulhas de tricô" em pleno centro do Porto
Há quem pense que isto das agulhas já não existe, que o raminho de salsa [enfiado na vagina até ao colo do útero] já não existe.
Existe, pois!
Todos os dias acompanho gente que vive em bairros de miséria.
Essas pessoas não vão a Espanha!
Essas pessoas não vão a Espanha!
Nem tomam Cytotec.
Enfiam agulhas de tricô, sim.
Atiram-se pelas escadas abaixo, sim."
As palavras, como rajadas, pertencem a José António Pinto, assistente social da Junta de Freguesia da Campanhã, Porto, um dos envolvidos no famoso julgamento da Maia, que sentou 43 arguidos no banco dos réus, e em que uma enfermeira-parteira foi condenada a oito anos de prisão.
José Pinto confessou que sim, encaminhava as mulheres para aquela morada.
"Mulheres que viviam no limiar da condição humana.
Que não podiam ter mais um filho porque já nem comer tinham para dar aos outros."
Foi absolvido, os magistrados não acreditaram que angariasse mulheres e recebesse dinheiro pelos abortos.
As próprias mulheres confessaram que José Pinto as tentava demover, mas que a vida já tinha decidido por elas.
3 comentários:
O tricot está novamente na moda !!!
Usarem-se agulhas de tricot
para este fim... já é "fora de moda".
Espero que possas contribuir, com
os teus " apelos ", para o
encerramento das fábricas deste
tipo de agulha !!!
Um abraço da Blá
Somos um país de "gajos porreiros", aptos para o desenrrascanço, mas lá para viver com leis decentes, está quieto, que assim não me safo!!!
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Quero que saibam que apreciei a postura, as palavras e a energia de Lidia Jorge no programa Prós e Contras.Porque terá sido ela o alvo preferido do Não?
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Ainda vão passar muitos anos antes que se desvaneçam os efeitos da falta de liberdade em que viveu o nosso país;falta muito estudo, muita educação, muita reflexão e independência de espírito. MC
Não brinque com coisas tão sérias como a que foi relatada!!!
Para que isso não volte a acontecer, por favor votem SIM
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