Uma ainda passa, duas ainda que vá, agora a terceira é que já não.
No Dia Mundial da Paz , o Papa da igreja católica anunciou aos seus fiéis que a prática do aborto e as experiências em embriões humanos não são diferentes do terrorismo. Fiquei abismado,mas não surpreendido, pois já nos vem habituando a este tipo de declarações, essas sim terroristas, desde as referentes aos muçulmanos até esta, e sabe-se lá o que ainda virá.
Quanto ao aborto a sua decisão deve ser contextualizada ( antecedentes, contexto e consequências) não agrada a ninguém e é apenas utilizada com muita mágoa, para não tornar a vida pior do que ela já é.
A experiência em embriões humanos está regulamentada em todo o mundo e diz respeito a bolhinhas microscópicas de células que não possuem qualquer vestígio neural e se destina a permitir que todos vivamos melhor no futuro e prolongar a esperança média de vida.
E o terrorismo, é a mesma coisa ? Há muito tempo que não era tão dignificado, e logo pelo Papa.
Nem vale a pena falar da Inquisição, para quê ?
Bibliografia - Crónica de Clara Pinto Correia no jornal 24 horas do dia 3/01/2007
1 comentário:
Penso que o discurso do Papa não nos remete para as atávicas práticas da Inquisição. A Igreja é apologista de que o aborto é um crime. Compreende-se. Poder-se-á traçar uma analogia muito interessante: para americanos "crime" de dimensão mundial pode estar articulado a "terrorismo"; então para Bento XVI também obedece a um dos princípios nucleares da Igreja: a dignidade e respeito do ser humano.
Temos de respeitar.
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