A série sobre a guerra colonial que passa na RTP, da autoria de Joaquim Furtado, tem sido favoravelmente avaliada pela maioria dos comentadores, analistas e bloggers.
Ainda só deu 1 episódio . Vamos ver os outros 17.Aguardo o meu comentário lá mais para o fim. Por alguma razão foi o programa mais visto desse dia,há muita gente atenta
Imperdível meus amigos. Agora faço uma observação relacionada com este tema que me parece pertinente. Não temos mulheres a participar. Será que elas ainda estão a chorar e retraídas? Quer queiram quer não foram uma componente de tudo aquilo. Será que ainda têm medo de falar ou ainda pensam que a guerra é uma coisa de homens? Aqui fica o repto. Colheiteiros(as) aquele abraço.
Não fui à guerra .Mas lembro - me bem das imagens de 61 que vi em livros da altura e da vinda das minhas primas de Luanda. E lembrei-me do livro das cartas de António Lobo Antunes à esposa.Duas ou três frases só, do início: Jan/Fev. 1971 " ...a minha indignação por aqui estar e de tudo o resto: um sentido de perda irreparável". "...mas a verdade é que sofro como um cão e não tenho ninguém a quem o dizer, porque os que estão comigo sofrem tanto como eu." "Isto é o fim do mundo:pântanos e areia....A miséria do negro é assustadora." "Cá estou eu no inferno..." "...uma coisa começo a compreender:não voltarei a ser a pessoa que fui, nunca mais." "... os tipos já estão melhor armados do que nós... O que os nossos soldados têm é imensa coragem e um espírito de sacrifício que me espanta.Saem para a mata mal comidos e pessimamente dormidos com um estoicismo extraordinário."
3 comentários:
Ainda só deu 1 episódio . Vamos ver os outros 17.Aguardo o meu comentário lá mais para o fim.
Por alguma razão foi o programa mais visto desse dia,há muita gente atenta
Imperdível meus amigos.
Agora faço uma observação relacionada com este tema que me parece pertinente.
Não temos mulheres a participar.
Será que elas ainda estão a chorar e retraídas?
Quer queiram quer não foram uma componente de tudo aquilo.
Será que ainda têm medo de falar ou ainda pensam que a guerra é uma coisa de homens?
Aqui fica o repto.
Colheiteiros(as) aquele abraço.
Não fui à guerra .Mas lembro - me bem das imagens de 61 que vi em livros da altura e da vinda das minhas primas de Luanda.
E lembrei-me do livro das cartas de António Lobo Antunes à esposa.Duas ou três frases só, do início:
Jan/Fev. 1971
" ...a minha indignação por aqui estar e de tudo o resto: um sentido de perda irreparável".
"...mas a verdade é que sofro como um cão e não tenho ninguém a quem o dizer, porque os que estão comigo sofrem tanto como eu."
"Isto é o fim do mundo:pântanos e areia....A miséria do negro é assustadora."
"Cá estou eu no inferno..."
"...uma coisa começo a compreender:não voltarei a ser a pessoa que fui, nunca mais."
"... os tipos já estão melhor armados do que nós... O que os nossos soldados têm é imensa coragem e um espírito de sacrifício que me espanta.Saem para a mata mal comidos e pessimamente dormidos com um estoicismo extraordinário."
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