NA MORTE DE DEBORAH KERR - Ferreira Fernandes no DN de hoje
O filme Até à Eternidade (1953) tinha ficado na história universal da infâmia através de uma lenda. Frank Sinatra, no ponto mais baixo da sua carreira, queria um papel no filme. O produtor recusou. O cantor pediu a um amigo da Mafia que intercedesse. O produtor, depois de ter recusado de novo, acordou com uma cabeça de cavalo degolada na sua cama. Sinatra teve o papel, ganhou um Óscar e relançou a carreira.
Até à Eternidade foi um bom filme, com a amizade de homens (Sinatra, Montgomery Clift...), um solo de trompete, um Ernest Borgnine sólido... Demasiadas boas coisas, tapando o essencial. Um homem e uma mulher apaixonam-se. Eles são belos (Deborah Kerr e Burt Lancaster) e dão o mais belo beijo do cinema (enrolados numa praia do Havai).
Ela diz-lhe que foi o melhor beijo dela. Ele pergunta quantos já dera. Ela pergunta se ele trouxe a máquina de calcular. Eles estavam de fato de banho. Um dos pilares da minha civilização apoia-se naquela praia.
Duas histórias numa e o mais belo beijo do cinema..
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