Fora os Deficientes das Forças Armadas presentes , que deram uma imagem muito menor do que a realidade daquilo que passaram e estão a passar , todos os outros participantes estavam totalmente comprometidos, tanto pessoal como políticamente e portanto não podiam nunca ver com clareza todo o problema e principalmente o principal que era quem fez e sofreu com a guerra colonial .
Daqueles participantes , poucos ou nenhum esteve presente na "guerra", estavam comodamente sentados nos seus gabinetes ou ficavam nos quarteis a mandar ir para lá a "carne para canhão", que eram os Milicianos e os Soldados .
Agora pergunto eu , quantos Milicianos e Soldados estavam lá no dito programa , como participantes ? E quantas mulheres foram ouvidas ? Não existiram nesse tempo ? Não estiveram lá ou cá a sofrer ? Não ficaram viúvas , ou sem namorados ? E as casadas que viram regressar os seus maridos estropiados à vista e muito mais sem se ver ( stress pós traumático de guerra ? Sabeis quantos militares milicianos ( soldados incluídos ) sofrem desse mal que os afecta a eles e à sua família ? Sabeis quão bem íamos preparados para o que fomos encontrar ?
Não brinquem com coisas sérias , pois pode ser que ainda um dia vos saia o tiro pela culatra....
3 comentários:
HB o tei comentário fez-me lembrar o nome de uma tasca que existe em Bragança. "O BEM FALADO".
Foi de facto confrangedoe e até arrepiante o que vimos nesse programa.
Faço também a mesma pergunta. Onde estavam os que,efectivamemte, fizeram a guerra?
É certo que um programa daqueles é um desafio.E, pelo menos, a Fátima teve essa coragem.Os bastidores são outra coisa!
O assunto é demasiado complexo para poder ser tratado como foi.
Teve um mérito. Abriu caminhos...
Não vi o programa até ao fim, mas ficou desde cedo bem claro que o tema é desejado embora difícil e que agora é o tempo oportuno para que se possam reunir os contributos de muitos que têm já idade para descansar.
a avaliar pela reacção do HeeB, há um longo caminho a percorrer.Óptimo.
Sei que o comentário foi a quente, mas quando se têm razão, e sentiu na pele as atrocidades daqueles tempos, pode e deve sempre falar. Quanto aos "Srs" da bancada, já se esqueçeram do bom ar condicionado que tiveram. Um abraço deste teu Amigo, que foi testemunha do que tu e outros passaram
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