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sábado, maio 24, 2008

Obrigar a pensar

Em 1911, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia de Letras do Brasil celebraram um acordo ortográfico.
Fernando Pessoa, contemporâneo do acordo de 1911, escreveu um ensaio provocador sobre o assunto. "Sendo a palavra escrita um produto da cultura, o indivíduo tem o direito de adoptar a que quiser. Cada um tem o direito a escrever na ortografia que quiser. Tecnicamente, pode haver tantas ortografias quantos há escritores."
E mais: "O único efeito presumidamente prejudicial que estas divergências ortográficas podem ter é o de estabelecer confusão no público." E concluía: "Isso, porém é da essência da cultura, que consiste precisamente em estabelecer a confusão intelectual, em obrigar a pensar por meio do conflito de doutrinas."
Bela achega para a discussão de 2008.
Leonor Pinhão, jornalista
Contra factos não há argumentos e quer queiram que não os iluminados do sim e do não , estas e outras coisas são irreversíveis. O tempo da 3ª vaga já lá vai , agora são vagas contínuas e quase não há tempo para actualizações. Com o tempo ainda vão colocar chips nas n/cabeças que funcionarão em actualização permanente , vai ser lindo vai ...

1 comentário:

Anónimo disse...

Se bem me lembro, na Idade Média imperava uma grande liberdade na ortografia.E havia palavras que hoje se não usam. Era tudo tão diferente!
E tem havido tanta mudança sem acordo e tanta miséria ao longo da História, que não compreendo como nunca se ergueu uma voz, como há dias li num texto, que acusasse um acordo da ortografia -ou a sua ausência-de fautor das desgraças, muitas e amplas, havidas já na nossa vida colectiva, nem nas vidas daqueles países que da "nossa paternal" acção foram nascidos!!!
Vou dormir que o meu mal já é sono.