Como sabeis, além de pintar, a Levinda faz poemas.
Porque ela ainda não domina muito bem as artimanhas
destes microondas a que chamamos PCs, nem da "bloga"
evidentemente, transcrevo aqui dois, respigados do
caderninho de capa preta que me emprestou, para que
vo-los dedicasse com todo o carinho de que ela é capaz.
Aí vão.
Amor à Terra
Poeta queria ser
E Trás-os-Montes cantar
O Campo me viu nascer
E continuo a amar.
Terra de montes e vales
Grandes frios e calores
No teu seio têm nascido
Tantos poetas escritores.
Terra de parcos recursos
De tradições e valores
Os teus filhos espalhaste
Por esse mundo de dores.
Sonham com as cores e cheiros
De frutos, prados e flores
Com a matança do porco
E os antigos amores.
Lá permanecem sonhando
Esperando chegue afinal
O dia em que felizes
Voltem à terra natal.
(Feito para o IX Encontro de Antigos Alunos do Liceu de Bragança, em Coimbra, 1997)
Saudades do Amigo
Partiste cedo, demasiado cedo
Ficamos tristes, roídos de Saudade
pela tua ausência...
A guitarra não toca
Apesar de as cordas estarem intactas...
Faltam as tuas mãos, falta o teu jeito,
As tuas carícias que a faziam
Vibrar, falar, chorar.
Hoje quem chora somos nós
Sentimo-nos mais sós,
Mais vazios. Falta-nos a música,
Faltam-nos as palavras
do emotivo, mas sempre amigo
António
(À memória de António Portugal, guitarrista de Coimbra, em Dezembro de 94)
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