A queda de um “Tirano”
“Tenho um rosto duro e é talvez por isso que se diz que sou um ditador”; “A mentira descobre-se através dos olhos; eu menti várias vezes”; “Nenhuma folha mexe neste país se não for eu mesmo a mexê-la; que isso fique bem claro”. Estas, e muitas outras, foram algumas das principais asserções proferidas pelo General Augusto Pinochet, falecido, impune, no passado dia 10 de Dezembro, aos 91 anos de idade.
Ao anúncio do seu desaparecimento, milhares de pessoas afluíram ao centro da capital chilena, Santiago, para festejar, enquanto outros milhares choravam o antigo ditador à porta do hospital onde estava internado, testemunharam os media no local. Assim reagiu o Chile ao já conjecturado falecimento de um dos maiores vultos da História Política Mundial.
Compreendamos, portanto, como foi o percurso político do general chileno, desde a sua ascensão até à sua queda. Pinochet não morreu a 10 de Dezembro de 2006. Morreu a 11 de Setembro de 1973. Nesse dia derrubou o regime de Salvador de Allende, o presidente socialista, eleito em 1970, que escassas três semanas antes, elogiava as “provas de lealdade” que recebia do então Chefe do Exército.
Uma vez no Poder, daria largas à sua sanha anticomunista, antimarxista, antiesquerda, antioposição. As execuções em massa ocorridas neste período enalteceram o carácter tirânico e repressivo da figura de Pinochet.
Ao leme da sua junta militar, imporia a censura, suspenderia os direitos civis e autoproclamar-se-ia Presidente em 1974. Verdadeiro “eucalipto” da política chilena, impedindo o florescimento de qualquer oposição, via-se já na presidência ad eternum, e tudo fez para lograr, desde plebiscitar-se, em 1978, a impor uma nova Constituição, em 1980. Por seu turno, este regime caracterizou-se por uma assertiva liberalização da economia. Em 1989, na sequência de uma reforma de pendor constitucional, o democrata-cristão Patrício Aywin Azócar é eleito Presidente da República. Contudo, só em Março de 1998 – quando quis, como quis – Pinochet abandonou a chefia das Forças Armadas, tornando-se senador vitalício.
Personalidades oriundas de vários ramos da sociedade pronunciaram-se sobre o falecimento de Pinochet e nesse leque de figuras públicas destaca-se a profunda tristeza de Margaret Thatcher e, ao invés, o regozijo do socialista Medeiros Ferreira e de Isabel Allende (filha do malogrado Salvador de Allende).
“Tenho um rosto duro e é talvez por isso que se diz que sou um ditador”; “A mentira descobre-se através dos olhos; eu menti várias vezes”; “Nenhuma folha mexe neste país se não for eu mesmo a mexê-la; que isso fique bem claro”. Estas, e muitas outras, foram algumas das principais asserções proferidas pelo General Augusto Pinochet, falecido, impune, no passado dia 10 de Dezembro, aos 91 anos de idade.
Ao anúncio do seu desaparecimento, milhares de pessoas afluíram ao centro da capital chilena, Santiago, para festejar, enquanto outros milhares choravam o antigo ditador à porta do hospital onde estava internado, testemunharam os media no local. Assim reagiu o Chile ao já conjecturado falecimento de um dos maiores vultos da História Política Mundial.
Compreendamos, portanto, como foi o percurso político do general chileno, desde a sua ascensão até à sua queda. Pinochet não morreu a 10 de Dezembro de 2006. Morreu a 11 de Setembro de 1973. Nesse dia derrubou o regime de Salvador de Allende, o presidente socialista, eleito em 1970, que escassas três semanas antes, elogiava as “provas de lealdade” que recebia do então Chefe do Exército.
Uma vez no Poder, daria largas à sua sanha anticomunista, antimarxista, antiesquerda, antioposição. As execuções em massa ocorridas neste período enalteceram o carácter tirânico e repressivo da figura de Pinochet.
Ao leme da sua junta militar, imporia a censura, suspenderia os direitos civis e autoproclamar-se-ia Presidente em 1974. Verdadeiro “eucalipto” da política chilena, impedindo o florescimento de qualquer oposição, via-se já na presidência ad eternum, e tudo fez para lograr, desde plebiscitar-se, em 1978, a impor uma nova Constituição, em 1980. Por seu turno, este regime caracterizou-se por uma assertiva liberalização da economia. Em 1989, na sequência de uma reforma de pendor constitucional, o democrata-cristão Patrício Aywin Azócar é eleito Presidente da República. Contudo, só em Março de 1998 – quando quis, como quis – Pinochet abandonou a chefia das Forças Armadas, tornando-se senador vitalício.
Personalidades oriundas de vários ramos da sociedade pronunciaram-se sobre o falecimento de Pinochet e nesse leque de figuras públicas destaca-se a profunda tristeza de Margaret Thatcher e, ao invés, o regozijo do socialista Medeiros Ferreira e de Isabel Allende (filha do malogrado Salvador de Allende).
Afonso Leitão
1 comentário:
Afonso Leitão.Muito bem o tema e na
hora certa.
Como disse e muito bem o Duarte
Osório num comentário, sobre este
"senhor"" ditadores nem de direita
nem esquerda.
Continuar
OLD
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