do blogue Câmara Corporativa
Os SMS estão em boas mãos
Para Pacheco Pereira, “o mais grave”, na entrevista de Menezes ao JN, “é esta frase”: "quem contestou este líder, quem disse que ele tinha de ser corrido à bomba quando teve quase 60% dos votos, por essa razão não tem legitimidade para exercer o cargo com 30% ou 40%."
Que raio de bicho terá mordido a Pacheco para dar uma série de exemplos disparatados (e alguns deles demonstrando o oposto) para provar que, num “partido em cacos” (Pacheco dixit), quem ficar com o “caco maior” (Pacheco dixit) tem legitimidade para exercer o cargo de presidente?
Não é preciso aparecer o Prof. Marcelo, como ontem fez, para se perceber que a legitimidade política depende necessariamente do caudal de votos que se obtém.
Mas mais surpreendente é que o sempre vigilante Pacheco — que, repita-se, considerou “o mais grave” a frase acima reproduzida — não tenha feito alusão a esta passagem da entrevista de Menezes:
- JN — Apesar da campanha “mole” os elementos da sua direcção já dividem apoios entre Passos Coelho e Santana Lopes...
Menezes — Até há quem, da minha direcção, apoie Manuela Ferreira Leite – uma pessoa que era, por exemplo, contra o inquérito ao Banco de Portugal sobre o BCP...
JN — Já disse que alguém no partido lhe ligou pedindo que travasse essa investigação. Foi Manuela Ferreira Leite?
Menezes — Não… [pausa] Houve pessoas que me prometeram apoios e protecção se não avançasse com o inquérito, que era muito perigoso – porque ia colocar em causa algumas off-shores de algumas personalidades. Eu não cedi a essas pressões.
JN — Que pessoas foram?
Menezes — Não é crime fazer essas pressões.
JN — Mas é uma acusação política, a que está a fazer.
Menezes — É, em larga medida eu toquei nos interesses instalados.
JN — Para que fique mais claro, se não vai dizer quem foi...
Menezes — … até tiveram a imprudência de me mandar mensagens.
JN — Essas pessoas são as que Manuela Ferreira Leite representa nesta campanha interna?
Menezes — Inequivocamente.
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Zangam-se as comadres...As acusações são tão graves que o MP devia actuar!
Onde está o MP?
A perseguir algum "sem abrigo" que roubou um pão...
2 comentários:
Eu não sou homem de partido. Mas penso que, quem é, tem deveres a cumprir e padrões de ética a acatar e a praticar.Tem que manter um nível elevado de participação cívica e política, porque os líderes são sempre "modelos" e com estas trocas de mexericos e semi-denúncias quebram-se -lhes os pés de barro.
Eu não sou homem partido , mas sou um homem de partido . Tenho as minhas ideias e convicções e é claro que tenho deveres a cumprir e padrões de ética a acatar e a praticar. Quando há diferenças debatem-se internamente e cgega-se a uma plataforma de entendimento .
Acho muito bem o "Sacana Lopes" querer impôr um código de conduta aos laranjas . Esse PP já devia estar na rua há muito tempo.
Nota : não sou laranja
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