A interactividade da Colheita63 em movimento contínuo para todo o Mundo e especialmente para Lisboa , Tomar , Monte Estoril , Linda-a-Velha , Setúbal , Coimbra , Porto , VNGaia , Braga , VNFamalicão , Santo Tirso , Afife , Vila Real , Vinhais , Bragança , Castelo Branco , Seia , Vendas Novas , Varsenare e Aveiro

quarta-feira, novembro 29, 2006

FLEXISEGURANÇA ou FLEXINSEGURANÇA?

Fala-se muito em “flexisegurança”, isto é, despedimento flexível, apoio social activo com formação e novo emprego.
A ser assim devemos reflectir, se for só mais desemprego a reflexão está feita!
Fiz um copy and past de um post sobre o tema. Merece ser lido e pensado.
COMENTA!

"Há Bons Desempregos e Maus Empregos

Sempre que o tema de debate é a legislação laboral, o emprego ou o desemprego assistimos a um debate de equívocos, equívocos à direita e equívocos à esquerda. Bastou falar-se da “flexisegurança” para tal tenha voltado a suceder.
Não me esqueço, por exemplo de ter ouvido Bagão Félix afirmar que se a sua legislação laboral tivesse sido aprovada uma qualquer multinacional não teria abandonado o país, contem-se as empresas que desde então foram encerradas. Quase diariamente ouvimos os sindicalistas da Função Pública exigir a criação de emprego pelo Estado, como se empregar trabalhadores exigindo mais impostos aos outros trabalhadores e às empresas fosse uma excelente ideia.
Basta olhar para a nossa realidade empresarial (e não falo do Estado porque já sei o que me vão dizer na caixa de comentários) e comparar o perfis das nossas empresas com o dos países de que supostamente somos concorrentes, para percebermos que se queremos ser competitivos uma boa parte do tecido empresarial vai ter que sofrer profundas alterações. Só que isso tem um custo: desemprego. Entre o encerramento de uma empresa e a colocação noutra empresa há desemprego.
A questão não está em saber como é que empresas que não são competitivas poderão sobreviver pois a resposta é clara, manter más empresas é condenar os trabalhadores a maus empregos, adiar dez anos significa que esses trabalhadores irão para o desemprego dez anos mais velhos, isto é, verão a possibilidade de encontrar novo emprego fortemente reduzidas.
Forçar a manutenção do emprego com legislações laborais que supostamente defendem os trabalhadores pode ser uma ilusão, diariamente vemos empresas que encerram no tribunal e os trabalhadores esperam anos e anos por indemnizações miseráveis, quando as recebem.Há maus empregos e bons desempregos, maus empregos que são mantidos graças a baixos salários e condições de trabalho miseráveis, bons desempregos se os trabalhadores receberem apoio social, tiverem a possibilidade de obter formação profissional e reiniciarem a sua carreira profissional em empresas competitivas e com uma gestão moderna. A escolha é difícil.

O Jumento, às 12:30 "
http://jumento.blogspot.com/

1 comentário:

Anónimo disse...

Na mouche!
Passei por isso. Soube o que era o desemprego mais do uma vez. Os anteriores foram porque não dizia "amen" ao regime.
O outro, não provocado, foi mais elaborado e visionário, só que, parece-me, já está a causar sérios problemas no Município lisboeta.
Falo no loteamento de Marvila por onde irá, agora, passar a nova ponte ou o TGV.
Alguém vai ter que pagar.
Mas isso já não me interessa.
Fui Gestor de Pessoal e há mais de 25 anos que ouvi falar num congresso internacional naquilo que o texto contempla.
Nunca mais parava. Não quero maçar-vos.
Concluo, dizendo, as empresas privadas (e agora - tardiamente - a pública, só têm razão de existir se houver produtividade e consequente viabilidade.