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domingo, novembro 12, 2006

Vinhais I



2 comentários:

Anónimo disse...

Esta sequência de imagens trouxe -me à memória versos dispersos dum poeta de eleição,de que vou escolher parte de dois poemas.Aqui vai, de Camilo Pessanha: 1
Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor,d'ais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.

As madre-silvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos,femininos,delicados.
....................................
(Crepuscular)

2
Quando se erguerão as seteiras,
Outra vez,do castelo em ruína,
E haverá fritos e bandeiras
Na fria aragem matutina ?

Se ouvirá tocar a rebate
Sobre a planície abandonada?
E sairemos ao combate
De cota e elmo e a longa espada?

Quando iremos, tristes e sérios,
Nas prolixas e vãs contendas,
Soltando juras,impropérios,
Pelas divisas e legendas?

E voltaremos, os antigos
E purissimos lidadores,
(Quantos trabalhos e perigos!)
Quase mortos e vencedores?
........................................

(1 e 2 in "Clepsidra" )Vosso, M.C.

Anónimo disse...

Esta sequência de imagens trouxe -me à memória versos dispersos dum poeta de eleição,de que vou escolher parte de dois poemas.Aqui vai, de Camilo Pessanha: 1
Há no ambiente um murmúrio dequeixume,
De desejos de amor,d'aiscomprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.

As madre-silvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos,femininos,delicados.
....................................
(Crepuscular)

2
Quando se erguerão as seteiras,
Outra vez,do castelo em ruína,
E haverá gritos e bandeiras
Na fria aragem matutina ?

Se ouvirá tocar a rebate
Sobre a planície abandonada?
E sairemos ao combate
De cota e elmo e a longa espada?

Quando iremos, tristes e sérios,
Nas prolixas e vãs contendas,
Soltando juras,impropérios,
Pelas divisas e legendas?

E voltaremos, os antigos
E purissimos lidadores,
(Quantos trabalhos e perigos!)
Quase mortos e vencedores?
..........................
..........................
..........................
...........................

E quando, ó Doce Infanta Real,
Nos sorrirás do belveder?
- Magra figura de vitral,
Por quem nós fomos combater...

"Clepsidra)

Com um abraço.Vosso,M.C.