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sexta-feira, dezembro 29, 2006

CRÓNICA DE SEXTA-FEIRA (6ª)

250 anos de Mozart

Como enunciei na pretérita crónica, o ano de 2006 foi intimamente apelativo no ramo das Artes na medida em que se comemoraram os 250 anos do nascimento de um dos maiores vultos da História da Música, o compositor austríaco: Wol1ang Amadeus Mozart.
O “menino-prodígio” nasceu a 27 de Janeiro de 1756 em Salzburgo, então um principado independente. O pai, Leopold (1719-1787), músico de profissão e autor de um afamado método de execução violinista, franqueia precocemente o génio do filho. Em Junho de 1763, usufruindo de uma licença do seu patrão, o príncipe-arcebispo de Salzburgo, Leopold parte com a esposa, o filho e a filha para uma grande digressão europeia (Alemanha, Bruxelas, Paris, Londres, Holanda), que se prolongará até Novembro de 1766. O ano de 1768 é desfrutado particularmente em Viena, onde Mozart compõe a ópera bufa La Finta semplice e a ópera cómica Bastien e Bastienne. De 1769 a 1773, Mozart e o pai efectuam três estadas em Itália, pátria da ópera, onde o jovem compõe Lucio Silla (Milão, 1772). Mozart nutre assim um estilo internacional que sempre o discernirá.
Em 1773, Mozart compõe em Viena seis quartetos de cordas inspirados em Haydn e, em 1773-1774, em Salzburgo, quatro sinfonias importantes. Com a excepção de uma curta estada em Munique para a estreia da ópera La Finta Giardiniera (Janeiro de 1775), não voltará a sair de Salzburgo até Setembro de 1777, passando estes quatro anos ao serviço do príncipe-arcebispo Colloredo.
Em 1781, Colloredo ordena a Mozart que se junte a ele e à sua comitiva em Viena. Insatisfeito por ser colocado entre os criados, pediu a demissão. A partir daí passa a viver do rendimento de concertos, da publicação das suas obras e de aulas particulares, sendo pioneiro nessa tentativa autónoma de comercialização da sua obra. Inicialmente tem sucesso, e o período entre 1781 e 1786 é um dos mais prolíferos de sua carreira, com óperas (Idomeneo - 1781, O Rapto do Serralho - 1782), sonatas para piano, música de câmara e peculiarmente com uma deslumbrante sequência de concertos para piano. Em 1782 casa, contra a vontade do pai, com Constanze Weber. Constanze era a irmã mais jovem de Aloisia Weber Lange, cantora lírica por quem Mozart se apaixonara poucos anos antes.
A 14 de Dezembro de 1784 torna-se membro da Maçonaria e, em Janeiro de 1785, termina os dois últimos quartetos de cordas dos seis que dedicou a Haydn. Entre Abril e Junho de 1789, Mozart executa uma viagem a Dresda, Leipzig e Berlim.
Em 1791 compõe as suas duas últimas óperas: A clemência de Tito e A flauta mágica, seu último concerto para piano e o belo Concerto para clarinete em lá maior. Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Requiem. Contudo, trabalhando em outros projectos e com a saúde cada vez mais enfraquecida, morre a 5 de Dezembro, deixando a obra inacabada (há uma lenda que diz que o Requiem estaria a ser composto para tocar na sua própria missa de sétimo dia. Seria ultimada por Franz Süssmayr, seu discípulo.

By Afonso Leitão

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem, e hoje(29.12.2006) ocorreu ou vai ocorrer a 1ª audição mundial duma peça ainda inédita ao
fim de 250 anos. É obra. Bom Ano para ti e a tua família. MC

Anónimo disse...

Afonso.O meus parabens.Gostei da
crónica.Um trabalho muito positivo.
Continua as tuas crónicas,vais muito bem.
Um abraço para ti e familiares.
UM BOM ANO
Bartolomeu
No Blog "OLD"

Anónimo disse...

Desejo também para si e para a sua família um excelente e próspero ano de 2007 com muito amor e SAÚDE. Muito obrigado.
Desculpe só desejar bom ano hoje mas só agora, em casa do meu Tio, é que tive a oportunidade de ter acesso aos emails.
Cumprimentos
Afonso Leitão