Semi -Presidencialista versus Presidencialista

No fim de semana passado surgiu no Expresso um artigo de opinião, assinado por Fernando Lima, em que o assessor do Presidente da República apresentava a sua Verdade, sobre a telenovela do Verão, relativa às "guerras"entre o PM e o PR.

Os comentários suscitados sobre o desenterrar aquele problema nesta altura, teve diversas interpretações, consoante o lado político de que surgiram.

No entanto, o que mais uma vez vai suceder, é a desestabilização das relações entre Belém e S.Bento, quando o Orçamento de Estado está a ser discutido/negociado pelos partidos e que é fundamental para o futuro da governação.

Será que este litígio interessa ao País ? Será que os Portugueses não estão já saturados dele?

Então porque é que desde o princípio do Verão as grandes discussões existentes nos aerópagos políticos versaram este tema, em detrimento dos verdadeiros interesses do País.

E o que se tem passado desde os anos 80 entre os dois principais magistrados do Estado? Ainda não nos esquecemos dos confrontos Eanes/Soares, Soares/Cavaco e Sampaio/Santana Lopes.

Não seria conveniente acabar com esta luta pelo Poder?

Na minha perspectiva julgo que sim, mas os Constituintes em 1976, entenderam que este modelo Político era mais democrático e, de então para cá, nunca nenhum partido lhe colocou objecções.

É pois, uma consequência do regime parlamentarista.

Não seria melhor para Portugal, atendendo à idiossincrasia do Povo Português, que os Partidos Políticos, que devem expressar a sua vontade, optassem por um regime Presidencialista, dentro do quadro democrático que todos desejamos?

Há muitos países em que este modelo é o desejado, tais como os Estados Unidos e a França, sendo os valores democráticos defendidos e preservados pelo Chefe de Estado.

Então porque não serve para Portugal?