Na semana passada, num Seminário onde foram debatidos os problemas relacionados com o aumento da criminalidade no nosso País, estiveram presentes altas figuras conhecedoras dos problemas relativos à Segurança Interna, tendo algumas delas participado na discussão.
Foi o caso do Juiz Conselheiro Jubilado, Marques Vidal, ex-Director Nacional da Polícia Judiciária, que com o seu depoimento não teve engulhos em afirmar, alto e bom som, aquilo que os entendidos na matéria, vêm dizendo às escondidas ou nas conversas entre amigos e nunca assumidos pùblicamente, pelas autoridades oficiais de segurança:
"O aumento brutal, quase explosivo , da criminalidade violenta está directa e indirectamente relacionada com a ineficácia das polícias e tribunais , porque POLÍTICA e LEGISLATIVAMENTE se lhes cerceou a capacidade de acção pronta".
Meus amigos. Quem proferiu, desta vez, estas palavras foi um distinto Juiz Conselheiro da nossa praça, que fez toda a sua carreira como magistrado, interrompida apenas durante um curto espaço de tempo, de seis anos, em que foi director da Polícia Judiciária, profundo conhecedor das Leis que nos regem e que nos regiam antes da famigerada reforma processual penal em vigor desde 2007.
Portanto deixemo-nos de vez de atacar os Polícias, os Tribunais e o Ministério Público. Saibamos votar. Cuidado com quem nos engana, sistematicamente, com as suas promessas!
4 comentários:
Com uma pistola apontada à cabeça até eu vou pensar duas vezes antes de votar! :-))
Abraço de Abril
Já ouvi,e não há muito tempo, o Dr.Marques Vidal falar no assunto que referes em circuito aberto num canal televisivo. Falou como ex-director da PJ numa determinada época e que continua atento ao que acontece, claro,mas sem chegar ao apuro de acusar os políticos e defender os polícias.
O que interessa agora registar é que os "apertos" do sistema judiciário já vêm de longe e como nunca foram atacados de frente, só se complicam com o passar do tempo. E fique claro que esses problemas não dependem do partido no governo. Direi que nenhum governo foi eficaz ao ponto de refazer a máquina judidcial e os corpos de juízes, procuradores e polícias.
Lamentarei,assim, é que se possa vir a utilizar dificuldades de ordem económica para obtenção de fins políticoo-eleitorais.
Porque o facto é que a nossa Justiça não funciona e logo, não é justa, como no sábado passado dizia na rádio o Dr. Laborinho Lúcio, que foi ministro da Justiça de Cavaco Silva.
Uma coisa é o estado lastimável geral da Justiça outra, é o aspecto específico da criminalidade violenta e de como,quem e em que circunstâncias aprovou a última legislação sobre o assunto. Certo?
É a tua área,caramba! Mas fico espantado com a minuciosa precisão da relação entre essa causa e esse efeito,como se subsistissem no vácuo.
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