Passei o fim de ano em casa, à lareira, na companhia do meu irmão e cunhada. Distraído, enquanto o resto do pessoal via o paupérrimo programa da RTP1, peguei num livro oferecido pelo meu sobrinho no Natal (O RESTO É RUÍDO - À escuta do século XX) que sintetiza a história da música do Século XX.
Comecei a ler o Capitulo 9 – Fuga da Morte: A música na Alemanha de Hitler, onde o autor refere a exaltação de Wagner pelos Nazis, as posições “heterodoxas”, para não dizer racistas, deste, e a admiração glorificadora de Goebbels por Carmina Burana de Carl Orff, "que se apresentou, (aos americanos), enganadoramente como ligado à resistência anti-nazi".
Aqui parei a leitura e lembrei-me da Teresa.
Num dos nossos Encontros, no Porto, no passeio no rio Douro, num pequeno grupo, falávamos de música e referi que gostava de ouvir a Carmina Burana, sozinho, bem alto.
Ela, de olhos abertos, com um sorriso irónico, olhou para mim e disse:
- Então tu aprecias tanto a música glorificada pelos nazis?
Aprendíamos sempre alguma coisa com a Teresa. E foi assim que entrei em 2010 a conversar com a nossa amiga Teresa.
Bom Ano, Teresa!
5 comentários:
Também pensei nela , foi a 1ª a deixar-nos no pós Colheita63 . Estejas onde estiveres um grande abraço.
Penso em ti , Teresa ...
Blá
Ainda me parece mentira!
gb
Também a lembrámos por cá!
Como não podíamos obter respostas para as nossas inquietações silenciosas, ainda, pensei ligar-me com a filha Catarina! Reflecti melhor...e resolvi não incomodar!
Mas, a Teresa sabe que nos recordaremos muitas vezez.
Sinto exactamente o que a Gelica verbalizou.
Enviar um comentário