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sexta-feira, outubro 24, 2008

Ainda vamos a tempo de mudar o OGE?

O Viagra foi uma revolução. O Viagra e os medicamentos que vieram na sua peugada. Se fizermos as contas às embalagens vendidas até hoje, depressa se conclui que trouxeram a felicidade, ou um bocadinho dela pelo menos, a milhares e milhares de pessoas, homens e mulheres, porque o sofrimento de uma disfunção eréctil afecta-os a ambos.

Não acredita, então faça contas. Multiplique as 3,5 milhões de embalagens pelos 4 comprimidos que cada uma delas contém, e vai ver que abre a boca de espanto perante o número de relações sexuais que estes fármacos permitiram. Números que tendem a crescer.

Segundo os dados do IMS Health serão vendidas este ano 600 mil embalagens. Repita a multiplicação pelos mesmo 4, presuma que foram todos consumidos e voilá, aí tem os dois milhões e quatrocentas mil relações sexuais referidas no título do texto aqui ao lado. Mas a mim o que me preocupa é que estes medicamentos não sejam comparticipados.

O Estado considera, portanto, que a vida sexual dos portugueses não é assunto que lhe diga respeito, mas já entra com o dinheiro para ajudar a pagar os ansiolíticos e os antidepressivos, que provavelmente poderiam ter sido evitados se tudo corresse bem neste capítulo...

Além do mais, contraria a política de incentivo à natalidade de que tanto gostam de falar. É que um português que tenha o azar de sofrer desta doença tem que ser rico para dar continuidade ao débito conjugal. Senão veja: o estudo Global Sex, da Durex, indica que os portugueses têm 108 relações por ano, o que resulta numa média de duas por semana.

Ora, uma actividade deste calibre implica o uso de 27 caixas de Viagra, o que multiplicado pelos 45,99 euros que custa cada embalagem, soma 1241 euros e 73 cêntimos. Ou seja, aos mais pobres não resta outra possibilidade senão a de esperar pelo genérico, que ainda deve levar uns anos a aparecer. Ainda vamos a tempo de mudar o OGE?

Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

1 comentário:

DuarteO disse...

Muito engraçado mas esqueceu-se que na idade fértil a generalidade dos homens não precisa de Viagra ou similar.
O dito cujo usa-se numa idade em que se é avô, essa não é a idade adequada para ter filhos.
de resto concordo com a comparticipação deste tipo de medicação.
Os mais idosos se estiverem compensados no campo sexual terão menos doenças.
É a prevenção...!