Ao pé destas profissionais do gozo com a lei e o Zé Pagode, Adelina Lagarto é uma irmã da caridade...
"Acusada de fraude fiscal num processo originado por uma investigação das finanças, a filha do homem mais rico do país adoptou uma original estratégia de defesa. Reconheceu a evasão fiscal ao pagamento das mais valias resultantes da venda de um palacete, assumindo que “normal era que o preço declarado fosse inferior ao real”. Tão normal que Paula Amorim parece não ter encontado nenhum problema em assinar um contrato de promessa de compra e venda no valor de 1,160 milhão de euros e declarar apenas 461 mil.
Como explicou no acto de impugnação interposto no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, “a SISA, além de gozar de uma generalizada rejeição social (cuja expressão maior se traduzia numa evasão fiscal socialmente aceite), é um acto que percorre transversalmente toda a sociedade”. Era mesmo isso que faltava entre nós. Alguém que desse um corajoso murro na mesa de um sistema fiscal estranhamente assente na cobrança de impostos. Uma revolução na jurisprudência seguida de perto pelo advogado de Filomena Pinto da Costa, a outra arguida no processo, e que indica que “não pode vingar um processo-crime por fraude fiscal quando em casa estão tributos que eram objecto de uma generalizada rejeição social por serem injustos”.
Finalmente alguém com coragem e visão para nos explicar os assaltos às bombas de gasolina. Deve ser o resultado do “objecto de uma generalizada rejeição social por serem injustos” os preços cobrados. E os juros da banca? Boicote-se o seu pagamento e assuma-se a rejeição social “que percorre transversalmente toda a sociedade”. É pá, se a moda pega isto ainda pode ser engraçado. Não sei é se o Américo Amorim vai achar piada."
Por Pedro Sales 29 Out 08, blogue Arrastão
1 comentário:
Também por estes caminhos (ínvios?) se faz a lenta e tergiversante caminhada das gentes.Há mil e uma maneiras de contar a história do rei que vai nu.Mesmo com roupa...
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