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Os sindicatos dos professores voltaram ontem a vincar uma posição de força contra o processo de avaliação de desempenho. Fizeram-no apoiados naquele que terá sido o maior desfile de manifestantes de sempre contra uma política educativa e prometeram insistir na radicalização das formas de luta.
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues antecipou-se ao início dos discursos no Marquês de Pombal e voltou a basear a posição de manter firme a continuidade da avaliação em factos concretos:
1 - A maioria dos professores avaliados tem apenas de preencher uma ficha de definição de objectivos com duas páginas;
2 - O Ministério da Educação (ME) não impõe reuniões prolongadas ou complexos processos burocráticos, e se isso acontece deve terminar de imediato;
3 - O modelo de avaliação que está a ser aplicado foi aprovado pelo Conselho Científico composto por pessoas que não foram escolhidas pelo ME;
4 - Há muitos professores que já foram avaliados e outros que estão a fazer a avaliação;
5 - Desistir não é solução.
Sindicatos e ministra só convergem num ponto e, por sinal, aquele que é o mais importante: os interesses dos alunos e a actividade de os ensinar devem ser preservadas.
Mas o que é que de um e outro lados tem sido feito para isso? Nesta avaliação, pelo menos, o Governo leva vantagem. Os sindicatos dos professores ainda ontem reafirmaram a sua inflexibilidade: "Se eles [o Governo] não o suspendem, suspendêmo-lo nós!" Enquanto do lado Governo, há duas semanas em entrevista ao DN, José Sócrates anunciou e assumiu o compromisso: "Estamos disponíveis para, depois de fazer esta avaliação, melhorar o sistema e evoluir."
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in DN
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