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terça-feira, março 09, 2010

Depois queixam-se .... e entram na armadilha ....

Costuma-se dizer por aí que não é a Oposição que ganha as eleições mas sim o Governo que as perde. A fazer fé nesta tese, bastaria à Oposição ficar quieta e em sossego para que o poder, mais tarde ou mais cedo, lhe viesse parar docemente às mãos sem mérito, nem esforço e sem sombra de qualquer projecto alternativo. Numa situação destas, as eleições, como é óbvio, não seriam mais do que um expediente formal que legitimariam, com o voto, uma situação sem saída.

 Basta ver o resultado das últimas eleições legislativas para se perceber que as coisas não funcionam assim de forma tão simples: embora o PS tenha perdido a maioria absoluta e um número significativo de votos, o PSD não só não beneficiou disso como teve um dos piores resultados de sempre. 

Porque o povo é estúpido, como afirma Vasco Graça Moura? Não, porque os eleitores, na sua maioria, não viram no PSD uma alternativa ao Governo do eng. Sócrates, nem se reconheceram na campanha eleitoral do partido – uma campanha de tal forma desastrada que, agora, tarde e a más horas, até o dr. Paulo Rangel, o presumível herdeiro da dra. Ferreira Leite, achou por bem distanciar-se da estratégia adoptada para as legislativas.

Neste sentido, a sondagem publicada, na semana passada, pelo ‘Público’, onde a maioria dos inquiridos considera que o eng. Sócrates mentiu ao Parlamento sem que isso os impeça de lhe dar uma maioria folgada nas legislativas, caso estas se realizassem agora, também dá que pensar. Porque o povo não é muito sensível à mentira? Porque acha que todos mentem? Porque não tem particular apreço pelo Parlamento e por tudo o que por lá se passa? Haverá de tudo isto um pouco. Mas basta olhar para a campanha interna do PSD para se perceber que o partido não é mais do que um poço de intrigas, dominado pelo aparelho e por meia dúzia de baronetes que se julgam imunes a toda e qualquer responsabilidade. 

O resultado é um espectáculo penoso entre três candidatos que não se distinguem por uma ideia e se desdobram nas mais despropositadas propostas. Um partido assim não oferece garantias de nada e não é alternativa a coisa nenhuma.

Constança no CM de hoje

Subscrevo inteiramente.

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