Preocupa-me o futuro desta cidade onde vivo e que "adoptei". Como sabeis, é grande a desgraça a que chegou por obra e graça de santanas, santanetes e sonsos do respectivo séquito armados em independentes. Agora, começam a surgir os sonsos da outra banda....
Vale a pena ler o texto de Bruno Sena Martins que aqui vos deixo (blogue "Avatares de um Desejo").
"Alegre, Roseta e outros umbigos
Eu gosto do umbiguismo. Não é por acaso que tenho um blog que corteja a confessionalidade, nem é por acaso que sou interessado leitor dos intimismos por aí afora. Num sentido mais vasto gosto de ver as razões pessoais valorizadas na vida pública, os bastidores onde se contam aquelas outras coisas por que as pessoas se movem (esqueçam a indústria tablóide, isso é outra conversa).
Portanto, tinha todas as razões para achar imensa piada a gestos políticos como os coreografados pelas candidaturas de Manuel Alegre e Helena Roseta. Ilustres militantes de um partido que, vendo defraudada a a sua ambição pessoal de serem "protegidos" do aparelho a uma eleição, ressentem, batem com a porta e seguem a via independente. Tudo bem. Excelente, mil louvores. Agora o que é risível é que depois venham mascarar as suas razões pessoalíssimas de uma luta pela cidadania contra os partidos -- onde estavam no dia anterior. Temo que esta politização populista do amesquinhamento do ego se possa transformar numa pandemia. Daqui em diante sempre que um socialista receber uma tampa não é improvável que crie movimento cidadão contra o predomínio das gajas boas na vida social portuguesa.
P.S. Vamos ver se Roseta mantém este discurso risível de uma cruzada contra os partidos. Dizem que dá votos.
P.S. Até determinada altura acreditei que Alegre genuinamente lutava por um projecto de esquerda contra o centrão do PS. Depois da campanha das presidenciais passei a tê-lo como uma anedota populista, talvez ligeiramente à esquerda do PP."
2 comentários:
Boa Teresa , gostei. Acho que temos de fazer mais almoços como o de ontem para vos abrir a veia da escrita , não achas ? Já agora os restantes companheiros de almoço ( MC e IT) que abram os cordões à veia e nos deleitem.
Os sonsos têm direito a existir,mas teremos mesmo que os ouvir?
Em Portugal existem demasiados independentes activos nos partidos e deles colhendo os frutos sem ter de aturar com os incómodos.
Será ainda tempo de fazer partidos no espaço já ocupado?Os bancos tendem a associar-se...
Enviar um comentário