Quarta, 30 de Maio de 2007
Pedro Adão e Silva
A febre dos Independentes
Ambas as candidaturas (Carmona e Roseta) resultam de zangas com os partidos e exploram, mais ou menos oportunisticamente, a má imagem destes.
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Contudo, convém ter presente que não há nenhuma verdadeira candidatura independente à Câmara de Lisboa. Nem a candidatura de Carmona Rodrigues, nem a de Helena Roseta resultam de movimentos organizados, com encastramento na sociedade civil e vindos de fora dos partidos. Pelo contrário, ambas as candidaturas resultam de zangas com os partidos e exploram, mais ou menos oportunisticamente, a má imagem destes. Helena Roseta fez a sua carreira política nos partidos. Recentemente, discordando da escolha legítima do partido a que pertencia, optou por se candidatar como independente; Carmona Rodrigues é a criação de uma lista partidária, tendo, há dois anos, sido instrumental para o PSD resolver um problema político. Agora, depois de um processo de degradação institucional difícil de compreender, candidata-se contra o partido que o apoiou e ao qual deu cobertura, designadamente através da concessão de um número extraordinário de sinecuras partidárias enquanto presidiu à Câmara.
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5 comentários:
Quereis saber como é que HR conseguiu as tais 5 mil e tal assinaturas em tempo record ? Não foi na sociedade civil , mas numa máquina partidária , qual foi, qual foi ? Eu sei , mas não digo , mas não foi na do PS.
Só pode ter sido no PSD ou no PCP? Né?
Não no "falido" PP, ou é CDS?
NÃO É JUSTO QUE NOS DEIXES NESTS ANGÚSTIA DA DÚVIDA...embora não seja metódica!
Tu, que estás lá escondido bem no meio da serra, como sabes de tais coisas?Tem que ser uma máquina partidária a fornecer tal conhecimento, estou certo ou estou errado?
Ao fim e ao cabo, o que somos todos, dentro ou fora dos partidos,das igrejas , das forças armadas ou seja lá o que for, senão sociedade civil?Só vejo o BE a fazer isso.
Achais que o BE o CDS têem máquina para isso ? Qual é a máquina que tem interesse na sua candidatura ? E o outdoor , senhores, logo no dia seguinte...
Esta situação que se vive em torno das candidaturas independentes é o resultado do carácter polarizador dos partidos e na excessiva partidarização da sociedade.
Não há volta a dar.
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