É suposto que a Comissão de Ética da Assembleia da República imponha a si própria um comportamento eticamente elevado. É suposto. Uma expectativa. No mínimo, uma ilusão que habita quem vota para aquele órgão de soberania que representa o povo da República. Quem quisesse saber se houve uma conspiração para controlar a Comunicação Social a partir dos trabalhos dessa Comissão tire o cavalinho da chuva. Não há trabalho.
Há coscuvilhice, um desfilar de indignidades em que se faz afirmações sem provas, oferece brindes e se escuta ressentimentos e ódios. Nem uma telenovela mexicana seria capaz de criar a amoralidade, a irresponsabilidade, a tagarelice do dizer mal entre comadres. Até agora, ou pelo menos até ao ponto em que ainda resisti a acompanhar, nem uma prova. Apenas insinuações, deduções mais ou menos delirantes e, pior do que tudo, uma sucessão de retratos de família em que nem jornalistas nem deputados e, sobretudo, nem o País fica bem. Uma mera sequência de cenas que mais parecem ser arrancadas do mercado da Ribeira à hora da chegada do peixe. Uma verdadeira peixeirada. Que nós todos pagamos, claro. Sem proveito nem para o corpo nem para a alma. Nem para a verdade.
Moita Flores
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Muito me admiro como é que ainda há gente boa que acredita em tudo o que dizem naquela comissão , contra o "Grande Líder" ... Qualquer coisa é ele...é demais.
3 comentários:
Em português corrente: uma pocilga!
A que ponto permitiram que isto chegasse!
Ponto e contraponto ! Estão afinadinhos.
Abraço.
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