A cantar, A cantar é que te deixas levar
A cantar - Tantas vezes enganada te vi
Ai Lisboa
Quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
Lenço branco
Perdeste-te no cais
Pensaste "nunca mais"
Disseram-te "até quando"?
A cantar
Fizeram-te calar
A dor que, para dentro, ias chorando
Tanta vez
Quiseste desistir
E vimos te partir
Sem norte
A cantar
Fizeram-te rimar
A sorte que te davam com má sorte
A cantar, a cantar é que te deixas levar
A cantar tantas vezes enganada te vi
Ai Lisboa, quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
Tanta vez
Para te enganar a fome
Usaram o teu nome
Nas marchas da Avenida
A cantar
Puseram-te a marchar
Enquanto ias cantando distraída
A cantar
Deixaram-te sonhar
Enquanto foi sonhar à toa
A meu ver
Fizeram-te esquecer
A verdadeira marcha de Lisboa
A cantar, a cantar é que te deixas levar
A cantar tantas vezes enganada te vi
Ai Lisboa, quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
A cantar, a cantar é que te deixas levar
A cantar tentas vezes enganada te vi
Ai Lisboa, quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
Letra e música do José Mário Branco.
maravilhosamente cantada pelo Camané.
Apropriada aos tempos que correm em Lisboa...
(Hélder, podes pôr nos discos pedidos?)
2 comentários:
"Ai Lisboa,quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti."
Este refrão ,que não o é formalmente, é muito belo e cheio de força, aplica-se bem à actual situação de Lisboa, que não
canta e se cantasse seria uma mistura desequilibrada e incoerente
de origem desconhecida.Dito isto, JMB é um bom poeta, um bom compositor, um bom intérprete e um cidadão digno e julgo que sofredor.
Para TP : não consigo encontrar a musica pedida do Camané, peço desculpa. Continua
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