Amos Oz, Público 31.01.08.
Por Tomás Vasques
Nota - bold e cores são meus...
Amos Oz, Público 31.01.08.
O que está a dar, agora, é o Inverno. No IP4, milhares de automobilistas pararam os seus carros na berma para ‘brincarem’ com a neve e o caos foi tal que o trânsito ficou interrompido porque outros tantos milhares de automobilistas, vendo as notícias, meteram-se pela IP4 para gozar a confusão. Foi uma festa. Um dia sem assunto é um dia bem passado.
Maravilha , digo eu ...
O Presidente da República voltou a falar sobre a questão que o preocupa: o Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Aparentemente é o único português preocupado. Quando, no Verão, abordou pela primeira vez o assunto, Cavaco foi desconsiderado pelos comentadores continentais por estar a ‘maçar’ a audiência com coisas de ilhéus. A verdade é que o Presidente da República é fraco em televisão. Não puxa pelo público.
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Foi o resultado da guerra civil nas estradas portuguesas durante a quadra de Natal, durante a qual ocorreram mil, trezentos e quatro acidentes. São muitas famílias enlutadas e confrontadas com as consequências familiares e económicas da morte de um dos seus, são centenas de viatura destruídas, dezenas de camas hospitalares ocupadas com feridos graves, alguns dos quais acabarão pró falecer, e centenas de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais.
Pois, os portugueses devem estar mesmo doidos e se não estão comportam-se como tal.
in O Jumento
Leio uma notícia sobre a aula onde alunos do 11.º ano de escolaridade (tendo à volta de 16, 17 anos) apontaram uma pistola de plástico a uma professora: "Na origem deste caso (...) está um vídeo, com cerca de 30 segundos, filmado com um telemóvel, que mostra um grupo de alunos a ameaçar a professora de Psicologia com uma arma de plástico." Eu quero fazer uma rectificação: na origem deste caso não está vídeo nenhum, como na origem da queda das Torres Gémeas não estão os filmes, que todos vimos, dos aviões a embater nelas. Na origem deste caso estão alunos a apontar uma pistola de plástico a uma professora. Faço a rectificação também porque a presidente da Associação de Pais da Escola do Cerco, no Porto, achou necessário informar que não foram os alunos que colocaram o filme no YouTube, mas "alguém que não é amigo deles."
Eu, se fosse da Associação de Pais daquela escola, focalizaria toda a minha atenção no facto maior, aquele que é "a origem deste caso": alunos de 16, 17 anos apontarem uma pistola de plástico a uma professora.
Enquanto estes factos extraordinários forem lavados com água de malvas, continuaremos a ter estes factos extraordinários.
In DN de há dias