Fernanda Câncio no DN de hoje
Não é de agora a ideia de que a jacobinagem laica má como as cobras quer calar a Igreja Católica (IC) e 'bani-la do espaço público'. De cada vez que se defende o princípio da separação entre confissões e Estado consagrado na Constituição (e, dir-se-ia, pelo bom senso), acorre um ror de gente de mãos na cabeça. A começar por alguns dignatários da IC e a continuar num ramalhete de comentadores, que, é curioso, se distinguem quase todos por uma repugnância indisfarçável pelo fundamentalismo (desde que islâmico) e pelas teocracias (desde que islâmicas) e pelas 'leis de deus' (desde que de Alá).
É o caso de Constança Cunha e Sá, que no Público de ontem fala de uma 'separação radical, determinada pelo espírito do tempo, [que] deixa ao Estado o monopólio do espaço público, remetendo a Igreja para o domínio privado, no qual a sua intervenção se limita a proclamações doutrinais que se dirigem apenas ao conjunto dos seus fiéis'. Mas de que 'tempo' e 'espírito' falará Constança, quando inicia o seu texto citando uma notícia do DN sobre a eleição do presidente da Conferência Episcopal (CEP) e continua reproduzindo declarações do dito sobre 'o Estado militantemente ateu' surgidas nos principais media? Haverá melhor ilustração da visibilidade plena das opiniões dos dirigentes da IC no espaço público, opiniões"
Não é de agora a ideia de que a jacobinagem laica má como as cobras quer calar a Igreja Católica (IC) e 'bani-la do espaço público'. De cada vez que se defende o princípio da separação entre confissões e Estado consagrado na Constituição (e, dir-se-ia, pelo bom senso), acorre um ror de gente de mãos na cabeça. A começar por alguns dignatários da IC e a continuar num ramalhete de comentadores, que, é curioso, se distinguem quase todos por uma repugnância indisfarçável pelo fundamentalismo (desde que islâmico) e pelas teocracias (desde que islâmicas) e pelas 'leis de deus' (desde que de Alá).
É o caso de Constança Cunha e Sá, que no Público de ontem fala de uma 'separação radical, determinada pelo espírito do tempo, [que] deixa ao Estado o monopólio do espaço público, remetendo a Igreja para o domínio privado, no qual a sua intervenção se limita a proclamações doutrinais que se dirigem apenas ao conjunto dos seus fiéis'. Mas de que 'tempo' e 'espírito' falará Constança, quando inicia o seu texto citando uma notícia do DN sobre a eleição do presidente da Conferência Episcopal (CEP) e continua reproduzindo declarações do dito sobre 'o Estado militantemente ateu' surgidas nos principais media? Haverá melhor ilustração da visibilidade plena das opiniões dos dirigentes da IC no espaço público, opiniões"
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