Quarenta anos
Sim! como um dia de verão, de acesa
Luz, de acesos e cálidos fulgores,
Como os sorrisos da estação das flores,
Foi passando também tua beleza.
Hoje, das garras da descrença presa,
Perdes as ilusões. Vão-se-te as cores
Da face. E entram-te n'alma os dissabores,
Nublam-te o olhar as sombras da tristeza.
Expira a primavera. O sol fulgura
Com o brilho extremo... E aí vêm as noites frias,
Aí vem o inverno da velhice escura...
Ah! pudesse eu fazer, novo Ezequias,
Que o sol poente dessa formosura
Volvesse à aurora dos primeiros dias!
Olavo Bilac
Estou em completo desacordo!
A mulher aos 40 anos atingiu o seu esplendor que vai perdurar.
Poderão ler a minha opinião mais desenvolvida, amanhã no Escutador de Almas
5 comentários:
Antes de chegar ao fim da leitura , já eu fervia por dentro por estar em completo desacordo com o poeta.
Depois li o teu comentário e descansei.
Entretanto procurei saber coisas sobre o Bilac e quando vi que nasceu em 33 , encontrei logo a razão do seu pensamento , mas tb gostava de saber a data do poema.
O que interessa é que assino por baixo o que escreveste .... A ternura dos 40.
De facto a velhice já não começa aos quarenta!
Estou como o Átila! :-))
Abraço de alguém que já está muito, mas mesmo muito para lá dos 40!
Ora, Olavo Bilac nasceu em 1865 e morreu em 1918,no Rio de Janeiro.
"A sua produção poética está no volume das "Poesias" (1902) e no livro "Tarde"(1919),de publicação póstuma."
O que me levou a dizer que nasceu em 33? Não sei ...confusão ...velhice...Não há dúvidas , é bem 1865
Sorry ,....
AS pessoas tem idade mas nunca
são "velhas".
O espírito sempre jovem é o que
interessa.
Há uma familia que já nasceu com
apelido de Velho,mas paciência.
BV.
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