Casa na chuvaA chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se a minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Ouço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade
Escrita na Terra
3 comentários:
Que linda !
C.
Um belo poema de amor filial...
Já o postei no meu Ventanias quando tu ainda não deambulavas por aqui!:-))
Abraço
Lindo poema. Fez-me lembrar Camilo Pessanha e o seu desvelo filial.
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