Levanta-te levanta-se já!, sai da cama e lava a cara, escova os dentes, penteia a tua cabeça ensonada Aqui estão as roupas e os sapatos. Estás a ouvir o que te digo? Levanta-te já! Põe-te em pé e faz a cama. Tens calor? Tens frio? Não me digas que vais sair à rua vestido assim? Onde estão os teus livros, o teu almoço e os teus trabalhos de casa? Traz o teu casaco, as tuas luvas, o teu cachecol e o teu gorro. Não te Esqueças! Tens que dar de comer ao gato. Come o pequeno-almoço, os especialistas dizem que é a refeição mais importante do dia. Toma as vitaminas para ver se cresces e ficas grande e alto e POR FAVOR não te esqueças de que tens consulta no dentista às 3 horas de hoje. Livra-te de faltar à lição de piano, vê lá se praticas durante o dia. Não espalhes a comida no prato. Trinca, mas devagarinho. Despacha-te. O autocarro está a passar. Mas tem cuidado. Anda cá, volta aqui, deixa ver se lavaste bem as orelhas! Brinca lá fora, mas não sejas bruto, não consegues estar quieto? Faz o favor de ser educado, arranja amigos, não te esqueças de dividir as coisas com os outros. Resolve os teus problemas, espera a tua vez, não corras riscos. Despacha-te! Não me obrigues a ir aí. Arruma o quarto, dobra as roupas, põe a tua tralha no sítio. Faz a cama, é para a fazeres agora ou achas que temos o dia todo? Nasceste num celeiro? Preferias palha para o jantar? Ouves uma única palavra do que te digo? Atende o telefone! Desliga o telefone! Não te sentes tão perto, põe o som mais baixo, não quero SMS escritas à mesa. Hoje já não há mais computador! O teu iPod passa a ser o meu iPod se não escutas o que te digo. Onde vais e com quem e a que horas é que julgas que voltas? Dizer obrigada, se faz favor, desculpe, é fundamental para seres bem-vindo em todo o lado. Um dia vais ver que tenho razão, quando fores crescido. Conto os dias até teres filhos teus. Vais-me agradecer os conselhos que te dei. Mas agora agradeço-te que não revires os olhos quando falo. Fecha a boca quando mastigas. Tira uma fatia, talvez duas, dessa carne que detestas. Usa o garfo, não arrotes ou vais para o quarto. Come a comida que te ponho no prato. Tira-me 20 valores no exame, vai à porta, não te armes em esperto comigo! Porta-te bem, vem já para dentro, já estou a contar até três. Arranja emprego, faz-te à vida, não te esqueças do doutoramento. Quero lá saber quem é que começou esta discussão, estás de castigo até aos 36 anos. Conta mas é a história certinha e diz a verdade por uma vez. Se todos os teus amigos se atirassem de uma ponte, também te atiravas? Disse-te agora e disse-te mil vezes antes. Que és crescido demais para reagires como uma criança. Deve ser o ADN do teu pai. Olha para mim quando falo contigo. Endireita as costas quando andas. Um lugar para tudo e tudo tem o seu lugar. Pára de chorar ou dou-te razões para chorares a sério. Oh meu Deus! Lava os dentes, lava a cara, veste o pijama, vai para a cama, dá-me um abraço, reza com a mãe. Não te esqueças de que gosto muito de ti e amanhã fazemos isto tudo outra vez porque o trabalho de uma mãe nunca tem fim. Não precisas de saber porque é, porque, porque, porque, eu digo que é assim, e lembro-te, lembro-te, lembro-te que é assim, porque sou eu que to digo. E eu sou a mãe, a mãe, a mãe, a mãe, a mãe, a mãe,!!! Ta da!!
Tradução dum vídeo do Youtube( no Destak ) , digitando William Tell, e ouvir a comediante Anita Ronfroe condensar aquilo que uma mãe diz a um filho em 24 horas, na letra de uma canção de 2 minutos e 55 segundos, a trautear aceleradamente ao som da Abertura de Guilherme Tell, de Rossini.
2 comentários:
Felizes os que têm uma mãe que lhes diz isto todos os dias!
E olha que ainda faltam algumas! :-))
E felizes são aquelas que têm filhos para lho dizer...
Abraço
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